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Sebrae/MS sedia Fórum Nacional de Inovação e Transferência de Tecnologia do Centro-Oeste em 2024

Propriedade intelectual e a necessidade de conectar o mercado com a academia são os principais pontos debatidos durante o evento
Por Natalie Malulei
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Até sexta-feira (20), o auditório do Sebrae/MS, em Campo Grande, é palco para o diálogo sobre inovação e empreendedorismo no Centro-Oeste. A instituição sedia um encontro promovido pelo Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC) que reúne representantes do ambiente acadêmico e dos setores público e privado para debater a gestão da propriedade intelectual e o desenvolvimento estratégico da ciência e tecnologia na região.

Com apoio do Sebrae/MS e Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência Tecnologia e Inovação (Semadesc), por meio do convênio MS Inova Mais, o evento teve início na noite dessa quarta-feira (18) e visa impulsionar iniciativas que promovam o crescimento sustentável do Centro-Oeste. Para o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc e conselheiro do Sebrae/MS, Ricardo Senna, a formação de capital humano voltado à inovação é essencial nesse processo para garantir a competitividade dos estados a longo prazo.

Representantes do Sebrae/MS, IFMS, Semadesc e Fortec marcaram presença na abertura do evento.

“Mato Grosso do Sul apresenta um índice de crescimento muito importante, temos atraído muitas empresas de setores bastante competitivos internacionalmente, então, quando a gente faz um encontro como esse, é uma grande oportunidade de mostrarmos que a inovação é um caminho que resulta em uma gestão sustentável da nossa competitividade. O que fazemos aqui é colocar em prática a gestão dos talentos que nós temos voltados para uma inovação cada vez mais pujante que possa ser um vetor do desenvolvimento”, expôs.

De acordo com o diretor-presidente da Fundect e também conselheiro do Sebrae/MS, Márcio Pereira, o fórum exerce o papel relevante de integrar os atores para uma execução conjunta. “Como os ecossistemas de inovação se articulam nas suas localidades, ao trazer esse evento aqui para Mato Grosso do Sul, queremos integrar cada grupo para pensar em soluções referentes aos desafios comuns que os estados da região Centro-Oeste e Distrito Federal enfrentam. Dessa forma, podemos trabalhar a neoindustrialização e o conhecimento que nós precisamos formar para que possamos caminhar e se desenvolver enquanto região”, pontuou.

Integração: Mercado x academia

Um dos desafios presentes nas regiões é aproximar a academia do mercado para que as ideias nascidas no ambiente acadêmico possam trazer melhorias para o setor público e privado. Segundo o diretor de Operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, isso é fundamental para o desenvolvimento dos Estados e, para fomentar essa conexão, os empreendedores também foram convidados para participar do fórum.

“É importante discutir o processo de disseminação de informação e transferência de tecnologia e, quando falamos sobre isso, há um grande desafio, não apenas de Mato Grosso do Sul, mas de todo o Centro-Oeste, de fazer com que o setor produtivo tenha acesso às pesquisas desenvolvidas na academia para que as pequenas empresas possam internalizar isso, se tornando mais competitivas e com uma taxa de sobrevivência maior. É um trabalho que tem que ser feito a diversas mãos, com a contribuição de todos os atores para disseminar conhecimento e mostrar onde estão as oportunidades”, destacou Tito.

Tito Estanqueiro, diretor de Operações do Sebrae/MS, representou a instituição no evento e ressaltou a importância de conectar a academia aos empreendedores locais.

O presidente nacional do Fortec e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Gesil Amarante, ressalta a importância do trabalho em conjunto para que a as ideias produzidas pela academia consigam, de fato, gerar transformação social. “Nosso trabalho é promover a troca de informações e fortalecer as políticas de inovação para termos um país mais autônomo e estados mais independentes. Por isso, a relevância das parcerias e do envolvimento de instituições como o Sebrae. Sem esse apoio seria muito mais difícil chegarmos nas pequenas empresas, porque elas têm dificuldade de acesso e, nosso país não existe uma tradição em que elas se aproximam das universidades, então, precisamos desse suporte para derrubar essa barreira cultural, e contribuir com soluções”, esclareceu.

Para o organizador do Fortec Centro-Oeste e professor do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Rafael Françozo, o relacionamento entre a academia e as empresas precisa evoluir para trazer novas oportunidades. “Precisamos diminuir esse gargalo para proporcionar benefício para as pessoas, como emprego, renda e melhoria da qualidade de vida. Reunimos os gestores dos núcleos de inovação para pensarmos em estratégias de produção de tecnologias na academia e transferência para o setor público e privado. Queremos conseguir fazer essa movimentação e, de forma segura, com um registro da proteção intelectual desse material, o que no Brasil é um pouco incipiente”, concluiu.

Troca de conhecimentos

Para promover a troca de informações e integração entre pesquisadores, empresários e representantes do poder público, o Fortec Centro-Oeste trouxe uma ampla programação composta por quatro mesas redondas, uma oficina e duas visitas técnicas. Dentre as principais temáticas abordadas está a propriedade intelectual relacionada a inovação, uma pauta que está em alta no segmento.

Interessados em conferir o cronograma completo de atividades, podem acessar a página do evento ao clicar aqui. Mais informações sobre as ações desenvolvidas pelo Sebrae e parceiros de fomento à inovação podem ser obtidas em ms.sebrae.com.br ou pela Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800.

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