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Conheça startups em fase de internacionalização apoiadas pelo Sebrae/MS

Com Portugal como porta de entrada para a Europa, empresas estão abrindo novos escritórios
Por Da Redação
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Quatro empresas atendidas pelo Sebrae/MS já estão em fase de internacionalização e, em comum, elas participaram no mês de novembro do Web Summit Lisboa, o maior evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo da Europa. No local, junto a outras 200 startups brasileiras presentes, a convite do Sebrae, elas puderam adquirir conhecimento, desenvolver parcerias estratégicas e expandir seus negócios em solo europeu.

As startups estão se abrindo para uma nova visão e estruturando o negócio para atuação em cenário global. Esse passo significa novos desafios, cenários e mercados. “Todos estão em um estágio de maturidade que permite uma virada de chave. São empresários novos, sérios, dedicados e com carteiras já sólidas no Brasil”, afirma Leandra Costa, gerente de Inovação do Sebrae/MS.

A SBR PRIME é uma das startups que já está com o pé em terras portuguesas. A agrotec trabalha com a rastreabilidade para produtos do agronegócio, como soja, milho, algodão, e sementes, a partir da tecnologia blockchain. Assim, é possível rastrear a mercadoria desde o campo até a gôndola do supermercado. A empresa surgiu em 2010, mas ficou cinco anos validando processos até que Eduardo Figueiredo, sócio fundador da SBR, conheceu em 2016, o Living Lab, Laboratório de Inovação e Prototipagem do Sebrae/MS. Através de mentorias e do apoio oferecido pelo laboratório, o modelo de negócio foi consolidado.

A SBR já atua em 16 estados do Brasil e quatro países do Mercosul e agora está conquistando seu lugar no mercado europeu. “Nós estudamos e entendemos que a nossa solução atende a requisitos em qualquer lugar do mundo. A gente chegou em um mercado que está buscando novas soluções”, afirma Eduardo Figueiredo, CEO da SBR PRIME.

SBR consolidou modelo de negócios com apoio do Living Lab, Laboratório de Inovação e Prototipagem do Sebrae/MS

Para Eduardo, Portugal representa um mercado menor, mas que tem nicho e receptividade do ecossistema, e pode ser porta de entrada para chegar nas grandes potências. A empresa já passou pela incubadora da cidade portuguesa de Aveiro, escolhida pelo Sebrae/MS, abriu o CNPJ e já tem todos os dados para operar no país e aumentar o portfólio de clientes.

No Web Summit, a startup fechou contratos com empresas brasileiras, como a Fundação Fiocruz. Também foram feitos negócios com Holanda, Croácia, Alemanha, e claro, Portugal. “Fechamos cinco contratos com empresas portuguesas de logística. Vemos um horizonte promissor, de boas notícias e condições para penetração e capitalização do nosso produto no mercado europeu”, completou Figueiredo.

O Living Lab também foi um acelerador importante de outra startup que esteve no Web Summit Lisboa. Mas, desta vez, ele impulsionou o nascimento da Agrointeli. A empresa surgiu em 2017 com uma proposta de criar uma estação meteorológica na fazenda dos produtores rurais. Depois, os três sócios fundadores transformaram o negócio em um software que integra diversas fontes de informação e centraliza todos os dados do produtor rural em uma única plataforma.

“A Agrointeli é atendida pelo Sebrae desde o dia zero, a gente nasceu lá e temos muito orgulho. Se não fosse o aval dos consultores, provavelmente a gente não estaria onde está, com tudo que a gente conquistou. A gente deve muito ao Sebrae”, contou Renato Borges, CEO e fundador da Agrointeli.

Renato Borges, CEO e fundador da Agrointeli.

A startup já expandiu o negócio na América Latina, com clientes no Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile. Agora, o foco da internacionalização está na União Europeia. O objetivo é usar Portugal como porta de entrada e depois expandir para a Alemanha. Até o final do ano, será aberto um CNPJ português.

A Magnet Customer é uma plataforma de CRM, sigla para Gestão de Relacionamento com o Cliente, que unifica as áreas de vendas, atendimento, suporte e marketing de relacionamento em um único sistema, facilitando o trabalho das empresas em ter as informações de maneira centralizada. A plataforma atua de maneira mais forte no mercado financeiro, atendendo os assessores de investimento e empresas do mercado automotivo.

Desde 2017, a empresa é atendida pelo Sebrae/MS e recebeu apoio para impulsionar o crescimento e a maturidade do negócio a partir do desenvolvimento de produtos e estratégias de mercado. A parceria também rendeu a missão para o Web Summit pelo segundo ano consecutivo. “No primeiro ano, viemos para poder conhecer e entender o mercado, e percebemos a oportunidade que existe em atuar no ecossistema europeu. O Sebrae vem mostrando para a gente todo o potencial do mercado europeu e nos propiciou estar aqui nessa edição, participando dessa imersão”, relatou Davi Barboza, CEO e fundador da startup sul-mato-grossense.

A Magnet já iniciou o processo de abertura da empresa em Portugal e pretende engrenar uma sede operacional no país nos próximos 18 meses, o que vai impulsionar a inserção no mercado.

A ENG atua desde 2016 no desenvolvimento de soluções tecnológicas para setores essenciais para a economia, como pecuária, energia, saneamento e telecomunicações. A startup foi uma das primeiras a serem incubadas no Living Lab, laboratório que também marcou o início desse negócio. Foi a partir de recursos do Sebrae que foram criadas as soluções ofertadas atualmente para o ramo do agronegócio.

A missão no Web Summit foi mais uma experiência de incentivo para explorar as terras portuguesas, já que um escritório em Aveiro deve ser montado em breve. Segundo o CEO Lucas Aguirre, o evento proporcionou várias conexões com empreendedores e conversas com startups de outros países como Itália e Noruega. “Foi bem interessante entender que podemos complementar nossas tecnologias com outras startups. Isso vai enriquecer a ENG como empresa e também meus conhecimentos como empreendedor.”

As perspectivas para 2024 são as melhores: estabelecendo o escritório em Portugal, a startup deve começar a estruturar uma equipe e estudar o mercado em conjunto com atores locais. Para Lucas, entender que o mercado português é porta de entrada para a Europa também foi o motivador da internacionalização. “Como somos muito próximos do Sebrae e do ecossistema de inovação de Campo Grande (MS), estávamos buscando conhecimento para expandir”, argumentou. Um dos sócios da ENG já está de mudança e deve ficar pelo menos um ano no país para abrir o CNPJ e estabelecer parcerias.

Para mais informações sobre as ações de inovação do Sebrae/MS, entre em contato pela Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800.