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Living Lab recebe maratona de programação voltada para o varejo

Foram apresentadas nove ideias de aplicativos que podem melhorar o faturamento das empresas e facilitar o atendimento dos clientes
Por Cristiane Benevides com Sato Comunicação
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A maratona de programação Hack-a-Feira reuniu, no Living Lab Sebrae/MS, cerca de 70 profissionais, acadêmicos e entusiastas de tecnologia com o objetivo de desenvolver soluções voltadas para o comércio varejista. Menos filas, estoque otimizado, cliente satisfeito e mais faturamento foram as principais temáticas trabalhadas.

As nove equipes que completaram a maratona apresentaram suas ideias de aplicações diante de seis jurados, que avaliaram critérios como a técnica e o plano de negócio. “São dois critérios básicos: primeiro a técnica, se tudo aquilo que eles prometeram fazer realmente foi implantado, e para isso parte dos jurados era especialista nisso, e depois como plano de negócio, se a ideia pode ser de fato implantada na loja, e qual o impacto de inovação daquela ideia no dia a dia da empresa”, explica o diretor de tecnologia do Grupo Pereira e organizador do evento, Alfredo Lopes. Além disso, as equipes também foram avaliadas no pitch, a apresentação para vender a ideia do time. Para ele, o Hack-a-Feira atingiu em cheio o objetivo. “Todas as ideias estavam muito bem sintonizadas com o varejo e estamos muito satisfeitos com a imaginação e a capacidade de todo mundo”, ressalta o diretor.

Em primeiro lugar ficou a ideia “iShopCart”, um carrinho de compras inteligente que, utilizando o smartphone do cliente através de um QR Code, já escaneia e faz a cobrança dos produtos, eliminando a necessidade de enfrentar filas e passar por um atendente. A equipe, composta pelos programadores Wagner Júnior e Eduardo Máximo, além do engenheiro de automação Erik Mota e do especialista em IoT (Internet das Coisas) Jefferson Vieira, levou para casa um cheque de R$10 mil e a empolgação em tirar o projeto do papel. “Quando recebemos a tarefa, imediatamente pensamos: ‘como resolver esse problema de fila?’ Se a pessoa já usa o carrinho, ele mesmo pode fazer o checkout, então não tem mais fila nem nada para resolver”, resume Wagner.

O segundo lugar ficou com a equipe Vision Insight, que desenvolveu uma aplicação chamada Fila Digital, que otimiza o tempo de espera nos caixas, evitando que os clientes precisem ficar parados, aguardando a sua vez. O aplicativo substitui a fila física por uma online, e os consumidores ficam livres para circular nas lojas. Quando chega a vez de fazer o checkout, ele recebe uma notificação e se encaminha ao caixa.

E em terceiro lugar ficou a equipe Jovens Padawans, que criou o GP SuperApp, um aplicativo de cashback e benefícios que fideliza os clientes e oferece descontos em toda a rede do Grupo Pereira. Ao realizar as compras no Comper, por exemplo, o cliente ganha pontos que podem se transformar em descontos no Restaurante Trudy’s, frete grátis nas entregas ou até mesmo vouchers nos postos de combustíveis da rede.

Uma das equipes foi surpreendida com um convite “ao vivo” para tirar a ideia do papel. A equipe Scrat apresentou uma ideia que utiliza Redes Neurais (sistemas de computação cujo funcionamento é inspirado no cérebro humano) para prever quebras de estoque, algo que animou o CEO da Multicoisas, Lindolfo Martin, um dos jurados do evento. Ao final da noite, ele convidou o time a testar na prática a viabilidade do projeto, em uma das lojas da rede. “Vocês apresentaram o santo, mas não contaram o milagre, agora é a chance de mostrar ‘na vida real’ se a ideia funciona mesmo”, brincou Lindolfo.

Network e aprendizados

E mesmo as ideias que não saíram vencedoras do evento ainda podem ter mais uma chance. Mentores de outras áreas e “olheiros” do setor de inovação estiveram presentes durante todos os dias de maratona, com o objetivo de identificar ideias que tivessem aplicabilidade e potencial de mercado, como o líder da comunidade InovAtiva, um hub de empreendedorismo e inovação, Leandro Vigo. “Sempre que tem esse tipo de evento, nós, enquanto comunidade, viemos para somar, ajudar e tentar de alguma maneira criar startups. Inclusive, caso surja interesse das equipes, a gente vai ajudar o pessoal a criar startups e aprimorar as ideias. Ajudamos a fazer todo o projeto com eles, sem cobrar nada, e os colocamos em contato com as aceleradoras do governo e os particulares que temos no ecossistema”, informa o líder.